


Flora e Vegetação do concelho de Benavente

Conheces a flora do concelho de Benavente?
É uma paisagem rica em plantas endémicas...
Árvores de folha caduca e marcescente

Árvore de folha caduca. Típica de linhas de águas permanentes, não torrenciais, ácidas e oxigenadas. Até 20 metros de altura.

Árvore de folhas caducas. Típica das linhas de água permanentes. Até 12 metros de altura. Encontra-se em linhas de água de maior caudal.

O Carvalho-cerquinho é uma árvore de folhas marcecentes. Típica de solos ricos em nutrientes. Até 20 metros de altura. Árvore não comum no território, pode ser encontrada na transição de substratos arenosos para os aluviões.

Árvore de folha caduca. Típica de linhas de águas permanentes, não torrenciais, ácidas e oxigenadas. Até 20 metros de altura.
As árvores de folha caduca e marcescente surgem normalmente junto a linhas de água ou em locais com encharcamento temporário.
A presença de carvalho-cerquinho (Quercus broteroi) no concelho de Benavente, está hoje em dia significativamente reduzida em relação à sua área natural de ocorrência, registando-se deste modo, pouquísimos exemplares nos barrancos de maior declive.
Árvores de folha persistente

Esta é a árvore que domina a paisagem ribatejana, formando a conhecida charneca de sobro. De folhagem persistente. Cresce até 20 metros de altura. Típica de solos arenosos e ácidos.

Árvore endémica de Portugal. Pode atingir os 15 metros de altura. A maior mancha desta árvore encontra-se na serra da Arrábida.

Pequena árvore de folhas persistentes, que pode chegar até aos 4 metros de altura. Encontra-se nas areias das bacias do Tejo e Sado. Uma das duas árvores endémicas de Portugal.

Esta é a árvore que domina a paisagem ribatejana, formando a conhecida charneca de sobro. De folhagem persistente. Cresce até 20 metros de altura. Típica de solos arenosos e ácidos.
Nesta área geográfica, pertencente à bacia do baixo Tejo, existem poucas árvores autóctones de folha percistente.
Este facto, esplica-se através das condições de solo, nomeadamente, pela fraca fertilidade das areias do Plio-plistoceno e pela sua grande porosidade, funcionando quase como um sistema xérico, onde as água da chuva infiltram com grande rapidez.
Neste sentido, é comum a todas estas árvores uma elevada originalidade corológica e ecológica, devido aos processos adaptativos.
Trepadeiras e lianas

Trepadeira de folhas persistentes, pode chegar aos 5 metros de comprimento. Floresce na Primavera. Ocorre em todo o tipo de solos.

Trepadeira perene. Pode chegar até aos 5 metros, mas normalmente com 1 metro de altura. Floresce no Verão. Ocorre normalmente em solos arenosos.

É a única rosa de folhagem percistente. Floresce durante a Primavera. Ocorre principalmente em bosques de carvalho-cerquinho e também junto a linhas de água.

Trepadeira de folhas persistentes, pode chegar aos 5 metros de comprimento. Floresce na Primavera. Ocorre em todo o tipo de solos.
As trepadeiras e lianas surgem normalmente nos estados mais evolutivos do coberto vegetal, principalmente em bosques e matos de pré-bosque. Assim, algumas destas plantas podem ser observadas junto a linhas de água, onde encontram maior resiliência ecológica, ou em zonas, onde o coberto vegetal apresenta melhor estado de conservação.
Este é o grupo de plantas frequentemente empregues em estruturas de ensombramento, como o caso das pérgolas ou de revestimentos de superfície.
Arbustos altos (solos profundos)

Arbusto de folha persistente. Pode atingir os 6 metros, frequentemente com 2 metros de altura. Acompanha o sobreiro. Floresce quando os frutos estão maduros, em meados de Novembro/Dezembro.

Arbusto de folha persistente. Pode chegar aos 5 metros, normalmente com 2 metros de altura. Entra em floração em meados de Junho/Julho.

Arbusto de folhas perenes, que pode chegar até aos 3 metros de altura. Floresce no final da Primavera. Ocorre em locais quentes e secos.

Arbusto de folha persistente. Pode atingir os 6 metros, frequentemente com 2 metros de altura. Acompanha o sobreiro. Floresce quando os frutos estão maduros, em meados de Novembro/Dezembro.
Os arbustos altos, na sua maioria estão associados a estados pré-florestais, fazendo assim, parte das primerias etapas de substituição dos bosques climácicos.
Além de serem procurados por um conjunto vasto de avifauna com elevada beleza, constituem o melhor material vegetal para utilização em jardins, devido à reduzida manutenção e à sua grande longevidade.
Em traços gerais, pode-se dizer que este tipo de arbustos possuem folhas coriáceas, lustrosas e de dimensões consideráveis dentro do universo da flora espontânia.
Arbustos baixos (solos erosionados)

Arbusto de folhas perenes, frequentemente com 60 centímetros de altura. Entra em floração na Primavera. Em locais secos, sobre solos arenosos.

Arbusto de folhas perenes, que pode chegar a 1 metros de altura. Floresce na Primavera. Ocorre em solos pobres.

Arbusto de folhas persistentes. Pode crescer mais de 1 metro de altura. Floresce na Primavera. Surge principalmente em solos ácidos. Muito susceptível a incêndios.

Arbusto de folhas perenes, frequentemente com 60 centímetros de altura. Entra em floração na Primavera. Em locais secos, sobre solos arenosos.
Os arbustos de baixo porte, na sua maioria, são heliófilos, encontrando-se em solos erosionados, fazendo parte das últimas etapas de substituição dos bosques climácicos.
Em termos ornamentais, são plantas com elevada apreciação estética, pela grande variedade de formas cores e texturas. No entanto, por lenheficarem em poucos anos, apresentam custos de manutenção mais elevados. Por outro lado, são plantas pouco exigentes em termos de solo e com baixas necesidades de rega.
Em traços gerais, são plantas com folhas finas, margens por vezes enroladas para baixo e bastante aromáticas.
Este grupo de plantas é o mais suscetível à morte por excesso de rega.
Herbáceas perenes

Herbácea de folhas persistentes, chegando aos 40 centímetros de altura. Floresce no inicio do Verão. Ocorre em solos arenosos. Planta endémica de Portugal.

Herbácea perene, que pode chegar aos 50 centímetros de altura. Está em flor praticamente todo o ano, excepto nos meses de firo mais intenso. Todo o tipo de solos.

Planta perene, que pode chegar aos 60 centímetros de altura. Encontram-se sobretudo em afloramentos rochosos ou em muros antigos. No Sul apenas virada a Norte.

Herbácea de folhas persistentes, chegando aos 40 centímetros de altura. Floresce no inicio do Verão. Ocorre em solos arenosos. Planta endémica de Portugal.
Ao nível das plantas herbáceas perenes, podem ser encontradas espontaneamente em diversas posições ecológicas, tanto em solos erosionados, como em solos bem conservados. Algumas delas suportam ainda, situações de solos com encharcamento temporário.
No entanto, solos muito erosionados ou declives acentuados são sítios onde estas plantas surgem com grande frequência.
Herbáceas vivazes

Hemicriptófito, que cresce rente ao solo. Os seus escapes florais, podem ir até aos 50 centímetros de altura. Floresce em Maio, de tom rosado. Planta endémica de Portugal.

Graminea que pode ultrapassar os 2 metros de altura quando floresce. Floresce na Primavera. Prefere solos bem conservados e é indiferente tipo.

Geófito, que cresce até aos 20 centímetros de altura. Floresce no final do Inverno e inicio de Primavera. Cresce em zonas de escorrência superficial de água ou temporariamente encharcadas.

Hemicriptófito, que cresce rente ao solo. Os seus escapes florais, podem ir até aos 50 centímetros de altura. Floresce em Maio, de tom rosado. Planta endémica de Portugal.
As herbáceas vivazes secam ou desaparecem mesmo da superfície do solo durante um determinado período de tempo, voltando a crescer, assim que surjam as condições necessárias para o seu desenvolvimento. Todavia, as plantas não morrem, permanecendo o seu sistema radicular sempre vivo.
Algumas destas plantas possuem grandes rizomas enterrados no solo, surgindo à superfície apenas para se reproduzirem.





